Um rápido aviso sobre Bolsonaro e Moro

Antes de mais nada, gostaria de pedir desculpas a todos, mas tenho que diminuir, por uns dias, os textos que posto no Medium, não estou muito bem de saúde e preciso me tratar. Em função de não poder estar na frente do computador por muito tempo, farei alguns rápidos comentários sobre um assunto que chamou a atenção, hoje (13/01/2020).

Primeiro: encontra-se em pré-venda o livros da jornalista Thaís Oyama (Tormenta: O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos) que afirma que Bolsonaro, ao saber que Moro pediu a Toffoli que reconsiderasse sua decisão de não permitir o uso de dados do Coaf sem autorização judicial prévia em investigações e que, por sua vez, favorecia Flávio Bolsonaro, decidiu demitir Sérgio Moro. O livro ainda diz que tal demissão foi evitada pelo General Augusto Heleno ao dizer que o governo Bolsonaro seria implodido se Bolsonaro demitisse Moro.

Ouvi dizer daqui e dali, sinceramente, não vale para muita coisa, já que posso, se quiser, plantar uma falsa informação. Já está mais que provado que Moro é o plano B, podendo rapidamente virar o plano A, da extrema-direita. Portanto, Moro é cultivado como uma espécie de falso inimigo de Bolsonaro, uma vez que é muito incerto que Bolsonaro chegue com boas chances de se reeleger em 2022. Dessa forma, a tentativa da extrema-direita, do empresariado, dos bancos, das forças externas e outros aliados à direita é blindar Moro, já que ele é a grande alternativa para manter esse grupo no poder.

Assim, meus caros leitores, não se deixem enganar. Moro não está em conflito com Bolsonaro, já que Bolsonaro não é a força maior nesse jogo. É apenas uma rainha que pode se transformar em peão, uma vez que o verdadeiro rei, protegido por todas essas peças, nem no Brasil está.

Alexandre L Silva