Oxford e AstraZeneca suspendem testes da vacina contra o novo coronavírus e o Brasil pode ter um prejuízo bilionário
A notícia que correu o mundo nesta terça-feira (08/09/2020) foi a pausa abrupta nos testes da vacina da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca contra a COVID-19. As informações iniciais dão conta que a parada aconteceu em função de uma reação adversa em um dos voluntários, não especificando que reação foi essa. Entretanto, The New York Times afirmou, em seu site, que o voluntário desenvolveu, durante a fase 2/3, mielite transversa (1) que é uma doença neurológica proveniente da inflamação das substâncias cinzenta e branca da medula espinhal (2).
Um problema durante a fase testes de uma vacina, afirmam especialistas, é algo comum (3). Entretanto, isso deve implicar um atraso na entrega do produto final. Esse atraso ainda não tem como ser calculado, mas já está criando uma série de prejuízos para as desenvolvedoras da vacina, com uma grande queda das ações após a divulgação da notícia, apesar de uma rápida recuperação depois de deglutida a informação.
O Governo brasileiro, por questões ideológicas principalmente, correu para investir da vacina do Reino Unido, comprometendo 360 milhões de dólares em seu desenvolvimento, distribuição e transferência de tecnologia (4). No câmbio atual, o valor corresponde a quase dois bilhões de reais.
Apesar do erro de não ter um especialista no comando do Ministério da Saúde, não seguir as recomendações da ciência e de ter uma postura negacionista diante da pandemia, todos nós desejamos que o governo, pelo menos nessa aposta, não esteja tão errado assim. Todos estamos torcendo por uma vacina que seja eficaz e quase sem efeitos colaterais, venha de onde vier.
Alexandre L Silva
P.S.: Texto sem revisão em função da urgência da notícia.
(2) https://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/saude/5877-mielite-transversa.html